domingo, 19 de julho de 2015

EDUCAÇÃO SENTIDA, EDUCAÇÃO PARTILHADA I



Quando você ama as pessoas com o coração você consegue sair de seu nicho ou ciclo de amizade e transcende no amor. A educação nos possibilita a função de semear as sementes do bem. Quem trabalha na educação não tem fórmulas mecânicas ou artificiais, mas renova-se no coração. É assim que eu penso.
Eu precisava viver esta experiência na educação de Arari para que, entre outras coisas, perdesse a timidez sobre o meu olhar e as minhas impressões sobre a educação de maneira geral. A minha amiga Georgina (que Deus levou para morar no céu) sempre me dizia que somos uma soma de nossos próprios valores.
Agora me sinto mais preparado para enfrentar outros desafios uma vez que aprendi no coletivo de que é possível fazer mais. Entendo que educação não cola com prepotência e com ditadores, talvez por isso o fracasso da educação no regime de exceção. Entre outros fatores que julgo essenciais para que a educação dê certo é a opção bem feita pela liderança. Sem essa opção e sem que ela seja bem definida e respeitada ocorre a confusão de sentidos e começam a aparecer as travas. Quando muitos falam coisas diferentes ou à revelia da liderança não há como prosperar. Antes regionalizas a educação, por exemplo, é preciso afinar o discurso e a prática.
Sempre entendo que educação é contexto e deve ser pactuada. O pacto social pela educação é de interesse geral. Refiro-me a um contrato em que a sociedade assume o papel também de protagonista, uma vez que é por meio da educação que se traçam os caminhos para toda a família. Os outros atores também deverão exercerem os seus papéis. Longe de mim, um professor de ensino médio, jornalista por opção, querer aplicar fórmulas, uma vez que eu mesmo sou contra os clichês. O plano A ou B, ou seja lá qual for poderá ou não dá certo em determinadas regiões, pois educação também, é cultural.
A minha fala vem de dentro de mim, portanto, transpiração. Não é algo que eu fique horas imaginando sobre o que escrever e como escrever, mas algo que existe em mim. Nunca e em nenhum momento da minha vida fui tão esfuziante e reflexivo na minha prática, nunca abracei da forma que abraço hoje as pessoas que me procuro, mesmo que seja para dizer não. No mesmo sentido que me marcam profundamente determinados abraços e apelos que me fazem. Sei, contudo, de que é preciso fazer muito mais.  

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