sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Educação, uma construção coletiva.




O tema central da nossa discussão deste ano de 2015, na Semana Pedagógica da Rede Municipal de Ensino de Arari, é a educação como matéria agregadora das pessoas. Matriz que é das relações sociais, uma vez que ela é principio, meio e fim de todas as coisas. Retomando a expressão fim na semântica que nos remete a real finalidade, devemos entendê-la como o conjunto de todas as relações sociais que se apresenta de várias maneiras, tendo na educação formal os passos para a humanização, a conquista da dignidade, a valorização do trabalho e, sobremaneira, o preparo para a vida.
Portanto, não há educação quando pretendemos patrociná-la em fórmulas de encaixe ou em receitas prontas. Não é por acaso que estudamos a educação em correntes filosóficas, princípios pedagógicos, correntes e valores de humanização. Penso que um dos pilares da educação no seu contexto macro é a valorização do homem como agente produtor difusor de bens culturais. É que nossas rotinas, inclusive na própria escola, muitas vezes não nos permite refletir sobre a nossa própria prática.
A educação é uma construção coletiva em que não cabem os autoritarismos – quase sempre forjados por ditadores - os decretos frios e a sonolência dos que não vibram com o crescimento dos que necessitam de transformações. Dessa maneira, que entendo fracassada e superada a tentativa de querermos atribuir os fracassos aos atores do processo, quase sempre, pesando sobre os ombros dos profissionais do ensino ou da educação, os abismos que nos separam uns dos outros. Quase sempre há os que encontram a tarja para colocar nos professores como únicos responsáveis pelos nossos indicadores que certamente amargamos sendo uns dos piores. Mas isto não é justo e nem verdadeiro. Da mesma forma, que é não correto atribuirmos os resultados da educação ao que se faz agora, pois educação é um conjunto de forças da natureza social.  Em minha opinião, todos precisamos melhorar inclusive encontrando um tempo para nós próprios na reflexão de nossas ações. Um forma dialética ou de autocrítica, talvez.
A educação é uma construção coletiva, para tanto deve ser pactuada com seus agentes. Mas os que não se interessam. Certamente os insensíveis, os desonestos, os hediondos, os aproveitadores. Estes, no desbravamento das suas fronteiras umbilicais, tornam-se insatisfeitos quando os frutos da sociedade rendem nova percepção, portanto apontam para os caminhos da liberdade.
Convido todos os senhores a comecemos uma conta em ordem crescente e com indagações possíveis. Onde estamos? Qual é a nossa base material.  Quantos somos? O que queremos? A quem nos juntaremos nesta semeadura? O que nos unge nesta luta? Convido-lhes a traçar um rol de perguntas e inquietações que já acontecem e que certamente se ampliarão no decorrer de nossa caminhada, afinal a vida é feita de desafios.  Eu sei que todos temos os nossos questionamentos assim como temos as nossas respostas. Para ensinar precisamos melhorar. Precisamos estudar mais, refletir mais, ser mais, conquistar mais... Pois somos aprendizes. Desejamos ser professores numa atarefa de nos ensinar. Auto-ensinagem (grifo próprio). A nossa vida é assim. Devemos aprender para ‘ensinar’, repassar valores e transformar vidas. Eu falei vida! O que nos impulsiona ao abraço de nossos filhos, de nossos pais, de nossos alunos, dos nossos amigos! Amigos, pois somente numa construção de amizade e querer bem chegaremos com êxito nesta caminhada. Os amigos, os alunos, os pais, os responsáveis pelos alunos, a sociedade com o desejo de mudar parâmetros, mudar o sentido. Isto eu chamamos de pacto consciente de mudança. A mudança a partir do que sentimos, do que deseja nossos corações. Como uma fazer de perguntas, deixarei mais perguntas abertas. Perguntem-se! Perguntem-se! Perguntem-se!
As respostas senhores, certamente não serão exatas, pois temos uma safra em que haveremos de todos os dias regarmos, apoderarmo-nos do que mais sublime existe em nós, que é o amor. Para tanto, precisamos fazer a nossa parte, anunciando o bem e sabendo que nem eu e nem vocês seremos capazes de transformar realidades sem que todos estejamos convictos de que ninguém é ilha de si próprio e de que a educação é uma conquista que se faz da a dia e deve ter o aceite e a participação de todos.
Aceitem o meu abraço,

Nilson de Jesus Sousa (Nilson Ericeira)
Poeta, jornalista, professor, psicopedagogo, estudante de Direito e atual Secretário de Educação de Arari

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