Antes
de ser uma Política Pública, a educação no sentido geral transforma as pessoas.
No sentido formal ou educativo (de ensino) tem suas prescrições descritas na
Constituição, na LDB e em leis espaças. Nas leis há inegavelmente uma manancial
de informações que confirmam a educação enquanto Política de Estado. Mas numa
coisa sei que todos concordamos: na educação não cabem pessoas desinteressadas,
mal educadas ou ditadores.
O
Pacto de Interesses a que nos propomos participar ganha vida a partir do momento
que todos desejamos o mesmo fim. A educação não pode ser atribuída a uma ou
duas autoridades ou mesmo as virtudes e desqualificações atribuídas a um ou
dois profissionais. Por isso que é preciso analisar o contexto. É preciso
pactuar a educação, pois dessa maneira todos têm interesse e todos saem
ganhando na construção de uma sociedade justa, próspera e com menos
desigualdades. A luz da sociedade ainda há de ser a educação!
Numa
sociedade em que não pactua a educação, o resultado é o aumento indiscriminado
da violência em todos os sentidos. Como disse não se pode atribuir os avanços e
muito menos os fracassos a este ou aquele indivíduo. Sabe-se, porém, que é necessário
que o Estado Brasileiro deva investir mais na educação. Isto também deverá ser
pactuado. No mesmo tom em que afirmo que muitos das conquistas até aqui não
vieram do silêncio desmedido dos indiferentes, mas da voz das ruas. Alguém já
viu algo que nos coloca em liberdade plena vir do ócio ou de discursos convenientes
ocasionais?
O
ensino é apenas uma das vertentes de se irrigar a educação. Este precisa também
fazer parte do pacto. Embora todos saibamos que há uma condição essencial: o
interesse dos atores que deve se somar com ações de Estado. A minha repetição
se faz necessária, uma vez que a educação na sua contemplação leva à liberdade.
Do
nascimento até o último dia de sua vida, o homem submete-se ao processo
educacional. Escutar, ver, olhar, sentir, cheirar, despertar, perceber,
silenciar... Há autores que falam da educação intrauterina, ali já no processo
de comunicação e alimentação com a mãe, o bebê tem os seus primeiro
ensinamentos! A educação é a vida do povo em sociedade. Após sua chegada aqui passa a interagir com
pessoas, coisas e com o próprio meio. Mas paradoxalmente o maior problema para
a educação é certamente a liberdade que ela proporciona. Quem se liberta por
meio da educação jamais aceita a condição de escravo ou se sente filho órfão da
sua própria pátria.
Recebo
e percebo críticas quando falo do Pacto de Interesses pela Educação. Nem sempre
sou compreendido nesse meu “romantismo” que prefiro tê-lo com um ar de
concretismo.
As
demandas da educação todas têm que ser pactuadas de forma consciente e
democrática. Disto não devemos nos aforar de sábios ou detentor de fórmulas mágicas.
Quanta ignorância, transformar a educação por meio de decreto! Ou então eu é
que ainda estou num processo logo e demorado de alfabetização.
Ressalto
neste parágrafo final, que não tenho a pretensão de me igualar os que já sabem
tudo e muito menos me julgar detentor de algum conhecimento, pois se assim
fosse, jamais conseguiria pensar assim.
Nilson de Jesus Sousa (Nilson
Ericeira)
Poeta, jornalista, professor, psicopedagogo,
estudante de Direito e atual Secretário Municipal de Educação de Arari
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